Desterro é tanto uma performance audiovisual ao vivo, com imagens de Filipe dos Santos Barrocas e sons de Sue, quanto uma regressão ao final do século dezenove. Em 1890, o pintor Antônio Parreiras e seus funcionários, o senhor indígena Dino e o jovem negro filho de escravizados Palma, descem a Serra do Mar em busca do lugar perfeito para uma pintura histórica que simbolize o futuro da nação. Dino e Palma assumem o posto de modelos para a obra do pintor. São nas fogueiras, nas tempestades dessa aventura que Parreiras perceberá que talvez ele, por mais esclarecido que seja, é o problema daquele trio. Parreiras está envenenado e alucina.